Habilitações académicas
Thread poster: expressisverbis
expressisverbis
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Jan 5, 2016

Um Bom Ano!
Gostaria de saber a vossa opinião sobre um assunto que me irrita solenemente (talvez seja só eu a "irritada").
Por que raio nos pedem para enviar fotocópias das nossas cartas de curso, diplomas, ou outros certificados para nos habilitarmos a um potencial trabalho para um cliente?
Não basta a nossa palavra e o facto de estar "escarrapachado" no CV?
O simples envio de documentação que é muito pessoal pode colocar-nos numa posição perigosa.
Se o cl
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Um Bom Ano!
Gostaria de saber a vossa opinião sobre um assunto que me irrita solenemente (talvez seja só eu a "irritada").
Por que raio nos pedem para enviar fotocópias das nossas cartas de curso, diplomas, ou outros certificados para nos habilitarmos a um potencial trabalho para um cliente?
Não basta a nossa palavra e o facto de estar "escarrapachado" no CV?
O simples envio de documentação que é muito pessoal pode colocar-nos numa posição perigosa.
Se o cliente "desconfia" das nossas habilitações, então mais razões temos nós para "desconfiar" dele.. é só ver a quantidade de "gentalha" que usurpa identidade, forja CV e certificados... tristes histórias que por vezes leio aqui.
Por algum acaso, vamos a um médico, a um advogado ou a qualquer outro profissional mais técnico e pedimos-lhe para nos passar ou entregar uma cópia das suas habilitações?
Enviamos ou não enviamos? Eis a questão.
Indicamos um "link" que remeta para a instituição de ensino cujo nosso nome conste e o ano da conclusão, indicamos nomes de professores?
Que outra alternativa podemos dar a este tipo de clientes?
Muito obrigada!
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Maria Teresa Borges de Almeida
Maria Teresa Borges de Almeida  Identity Verified
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Não é a única irritada... Jan 5, 2016

... com esse tipo de pedido, até porque ter um curso (seja ele qual for) não significa necessariamente que se seja um bom tradutor! Recuso-me terminantemente a fornecer cópias de diplomas ou cartas de curso (para dizer a verdade, na sequência de várias mudanças nem sequer sei onde param.). A meu ver, a relação cliente/tradutor pressupõe um certo grau de confiança mútua e, pessoalmente, prefiro fazer um teste (pago, se possível)...

 
ahartje
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Exatamente, Teresa! Jan 5, 2016

Concordo plenamente consigo e recuso-me a enviar qualquer documento pessoal deste tipo!

 
expressisverbis
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Obrigada Jan 5, 2016

Na altura, após a minha licenciatura, confesso que cheguei a enviar este tipo de documentos para concursos.
Comecei depois a ver que havia empresas de tradução e/ou outros clientes que os pediam e, achando que era uma "lata", respondia que não enviava, precisamente, porque são documentos que não devem ser transmitidos por dar cá aquela palha e ponto final.
Hoje, quando me pedem isso, confesso que me irrito mesmo e acho que é muito injusto. Ninguém tem de provar nada enquanto
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Na altura, após a minha licenciatura, confesso que cheguei a enviar este tipo de documentos para concursos.
Comecei depois a ver que havia empresas de tradução e/ou outros clientes que os pediam e, achando que era uma "lata", respondia que não enviava, precisamente, porque são documentos que não devem ser transmitidos por dar cá aquela palha e ponto final.
Hoje, quando me pedem isso, confesso que me irrito mesmo e acho que é muito injusto. Ninguém tem de provar nada enquanto profissional de tradução.
Será que pensam dessa forma? Que ter um curso superior ali com a "prova provada" dá mais credibilidade e/ou estatuto à pessoa?
Concordo plenamente, não é um curso superior e não é um certificado emitido de uma Associação de Tradução que vai fazer com que o tradutor seja mais ou menos profissional.
Recordo-me que uma vez vi alguém pedir uma cópia do passaporte, bilhete de identidade (na altura chamado assim)... é incrível! Qualquer dia pedem-nos a certidão de nascimento, a cédula de nascimento, o boletim de vacinas ou o que comemos às refeições... só para ter a certeza que fazemos bem a digestão se estivermos a meio de um projecto de tradução
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Ana Vozone
Ana Vozone  Identity Verified
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Hoje em dia, só para concursos, e mesmo assim Jan 5, 2016

... só dou essas cópias a agências com quem tenha uma relação de trabalho habitual.

Para os concursos das instituições europeias, é normal pedirem esse tipo de documento, e não há grande volta a dar... quem não fornece o documento não é incluído na lista.

Só acho irritante, irritantíssimo, quando vem de alguma agência ou de alguém que, pela sua parte, não dá qualquer garantia de credibilidade: "colegas" de quem nunca ouvimos falar, agências com emai
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... só dou essas cópias a agências com quem tenha uma relação de trabalho habitual.

Para os concursos das instituições europeias, é normal pedirem esse tipo de documento, e não há grande volta a dar... quem não fornece o documento não é incluído na lista.

Só acho irritante, irritantíssimo, quando vem de alguma agência ou de alguém que, pela sua parte, não dá qualquer garantia de credibilidade: "colegas" de quem nunca ouvimos falar, agências com emails generalistas tipo gmail, etc. etc...

Mas para me habilitar a "Qualified Member" do ITI tive, naturalmente, de apresentar um certificado do ISLA, com indicação das cadeiras, etc. Aí, achei perfeitamente normal e legítimo.

Abraço a todos!
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expressisverbis
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Ana, é verdade, Jan 5, 2016

para concursos, seja de que tipo for, não podemos fugir muito e já enviei para alguns.
Com clientes com quem eu já tenha uma relação de trabalho de anos, também já enviei, pois recordo-me de um ou dois que me pediram e não me apresentei qualquer renitência.
No caso em concreto, enviei uma candidatura espontânea para uma empresa que me parece idónea.
Recebi agora mesmo uma resposta deles à minha oposição quanto ao envio desta documentação e dizem que compreendem,
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para concursos, seja de que tipo for, não podemos fugir muito e já enviei para alguns.
Com clientes com quem eu já tenha uma relação de trabalho de anos, também já enviei, pois recordo-me de um ou dois que me pediram e não me apresentei qualquer renitência.
No caso em concreto, enviei uma candidatura espontânea para uma empresa que me parece idónea.
Recebi agora mesmo uma resposta deles à minha oposição quanto ao envio desta documentação e dizem que compreendem, mas em contrapartida pedem-me que indique 2 referências de agências de tradução... Ora, e se eu só tiver clientes directos (o que era muito bom)? Vou inventar as agências?
É uma empresa estrangeira.
Há uns meses atrás circulava na Internet um anúncio de um tradutor freelance para um notário no Porto em que pediam diplomas e etc., não os enviei, apenas enviei o CV.
Costuma-se dizer que "quem não deve, não teme" e eu nada temo enquanto profissional.
Guardo até o meu certificado de habilitações do ensino secundário, cuja instituição, actualmente, já nem sequer existe desde 2004.
Tenho diplomas e certificados do ensino superior tudo "discriminadinho" com notas e o CAP.
No entanto, não gosto e detesto que duvidem da minha pessoa, do meu profissionalismo e da minha palavra.
Penso que, tal como a Teresa referiu, um teste já seria o suficiente para "avaliar" o tradutor, embora me pareça que continuamos a ser estudantes, malta nova, avaliados com testes e perguntas.
Qualquer dia, passo a indicar o nome de professores e os contactos e os clientes que liguem ... Isto faz-me lembrar (não é do meu tempo, sei por ouvir falar pessoas mais velhas) quando futuros noivos, prestes a casar, as respectivas famílias iam tirar informações acerca deles, principalmente do noivo


[Edited at 2016-01-05 17:38 GMT]
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José Henrique Lamensdorf
José Henrique Lamensdorf  Identity Verified
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In memoriam
Pela minha experiência... Jan 5, 2016

A quantidade de serviço, e a satisfação final das partes SE houver algum serviço, são INVERSAMENTE proporcionais à quantidade de demandas burocráticas iniciais.

A experiência me comprovou, sem exceções até o momento, que todos os clientes que me pediram uma enxurrada de documentação, fora algumas horas online no portal deles preenchendo formulários com dados irrelevantes... jamais tiveram a intenção de me solicitar qualquer serviço.

Tive um cliente dire
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A quantidade de serviço, e a satisfação final das partes SE houver algum serviço, são INVERSAMENTE proporcionais à quantidade de demandas burocráticas iniciais.

A experiência me comprovou, sem exceções até o momento, que todos os clientes que me pediram uma enxurrada de documentação, fora algumas horas online no portal deles preenchendo formulários com dados irrelevantes... jamais tiveram a intenção de me solicitar qualquer serviço.

Tive um cliente direto que, durante uns 20 anos, representou cerca de 70% da minha renda. Nunca tivemos nada assinado. E nunca tivemos qualquer problema que levássemos mais de 5 minutos para resolver de modo satisfatório para ambos.

Alguns clientes - agências de tradução - me pedem inicialmente para assinar um NDA e um contrato de prestação de serviços, este último visivelmente para termos um papel onde concordamos que não somos patrão e empregado, e que não sou sócio da empresa deles. Pedem desculpas, explicam que fazem isso com todos, e é uma vez só na vida.

Quando pedem testes demais, documentos demais, informações demais, largo-os no meio do processo, deixo-os falando sozinhos, antes que eles me deixem falando sozinho, logo depois de ter acabado de cumprir as exigências disparatadas deles.

Certa vez um PM de uma agência imensa e (atualmente mal) afamada dos EUA me procurou. Ele me fez imprimir, preencher e assinar uma resma de papéis e lhes mandar pelo correio. Tempos depois, o carteiro devolveu com "destinatário não encontrado". O PM me telefonou, perguntando dos documentos, eu lhe expliquei o ocorrido, e disse que já havia jogado tudo fora. Ele disse que fora um mal entendido e me implorou que o fizesse novamente, mas recusei.

Meses depois, um outro PM dessa agência me procurou, expliquei o ocorrido e disse que não estava interessado. Ele insistiu mais um pouco, e acabou desistindo.

Dois anos depois, uma PM dessa agência me contatou por e-mail. Precisava de uma grande quantidade de traduções juramentadas para o Brasil. Não sei como, mas a moça conseguia ser incrivelmente simpática, até mesmo num breve e-mail. Resolvi colaborar.

Li aquele papelame todo, e percebi no contrato de prestação de serviços deles que havia dezenove pontos de conflito com a legislação brasileira aplicável a traduções juramentadas. Fiz um relatório apontando cada um deles, e ela me disse que encaminhara para o departamento jurídico deles para análise. Quando tivessem uma posição, entrariam em contato comigo. Isso nunca aconteceu. O departamento jurídico deles ainda está analisando o meu relatório sobre os 19 pontos de conflito... desde dezembro de 2008!
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Carla Guerreiro
Carla Guerreiro  Identity Verified
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Um belo exemplo de eficácia ;-) Jan 6, 2016

José Henrique Lamensdorf wrote:

Li aquele papelame todo, e percebi no contrato de prestação de serviços deles que havia dezenove pontos de conflito com a legislação brasileira aplicável a traduções juramentadas. Fiz um relatório apontando cada um deles, e ela me disse que encaminhara para o departamento jurídico deles para análise. Quando tivessem uma posição, entrariam em contato comigo. Isso nunca aconteceu. O departamento jurídico deles ainda está analisando o meu relatório sobre os 19 pontos de conflito... desde dezembro de 2008!


Bom dia José e bom dia a todos - e feliz ano novo!

Essa história é um belo exemplo de eficácia. E depois ainda há quem se queixe da função pública...


 


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