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English to Portuguese: Happiness in Europe General field: Social Sciences Detailed field: Social Science, Sociology, Ethics, etc.
Source text - English Hell is other people, for Swedes
What makes Europeans happy? It depends on where they live
Feb 27th 2016 | From the print edition
EUROPEANS can sometimes seem like a miserable bunch. The continent has produced downbeat writers such as Jean-Paul Sartre (“hell is other people”) and philosophers such as Slavoj Zizek (“What does love feel like? Like a great misfortune”). But although there are many reasons for Europeans to feel gloomy at present—from a migration crisis stretching from Greece to Germany to the possibility that Britain, one of the fastest-growing economies in Europe, may leave the European Union—many, instead, seem to be becoming ever cheerier.
Most Europeans are, on average, at their happiest since the financial crisis. In 2008 76% of EU citizens said they were satisfied with their lives. That number is now 80%, according to the Eurobarometer survey, which has tracked self-reported happiness for over four decades. Those in northern European countries, such as Denmark and Sweden, are consistently the most content. But some countries have bucked the trend. According to Ruut Veenhoven, a professor at Erasmus University in Rotterdam who has been analysing data on happiness for decades, people in Greece and Portgual have become gloomier over the past three decades (although they have started to perk up over the past few years).
Some general themes stand out. According to Eurostat, the EU’s statistical office, the only metric consistently correlated with European happiness is relative income. Moving one step up the income ladder increases happiness in every country in the EU; the difference in happiness between the bottom quintile and the second quintile is the largest. European men tend to be slightly happier than women, though not in Britain or Denmark. Those who go to university tend to be happier (not controlling for income).
But some big differences also emerge. Europeans are generally happier when they are younger. However, richer countries see an uptick of joyfulness in old age: Germans are happier when they are over 75 years old than when they are between 25 and 34, and the Swiss are happier when they are over 75 than when they are teenagers. (Britons, Swedes and Danes are happiest when they are between 65 and 74.) The Portuguese seem to have the worst mid-life crises, whereas Greeks, Bulgarians, Romanians and Slovenians all become glummer as they get older.
Where and how Europeans live also determines their happiness. In all countries, people are least happy if they live on their own. By the same token, in most countries those with children tend to be happier, with the exception of Britain, Denmark, Ireland and Switzerland, where people tend to be happier when childless. Overall, Europeans tend to be most content if they live in towns or suburbs as opposed to cities or rural areas. Northern Europeans tend to be cheerier the farther they are from cities (and hence from other people). In most parts of southern and eastern Europe, however, the opposite is true.
What makes city-dwellers happier varies from one city to the next. According to the most recent data from Eurobarometer, most city-dwellers have become slightly happier (see map). The highest correlation with life satisfaction in cities is a feeling of safety. But in Stockholm, Amsterdam and Vienna it is those who think foreigners are well integrated who tend to be happiest. Parisians and Berliners who rate their cities’ cleanliness highly are the most content. In Reykjavik, curiously, the telltale sign of happiness is being satisfied with the public transport system.
Those places which are happiest appear to have good governance. This may suggest a lesson to politicians: reducing unemployment and boosting wages will undoubtedly increase happiness. But clean pavements are important, too.
Translation - Portuguese O Inferno são os outros, para os suecos
O que faz os europeus felizes? Depende de onde eles vivem
27 de Fevereiro de 2016| Da edição impressa
Os europeus podem parecer, às vezes, um bando de infelizes. O continente produziu escritores de baixo-astral como Jean-Paul Sartre (o inferno os outros) e filósofos como Slavoj Zizek (Com o que o amor se parece? Com um grande infortúnio). Porém, embora haja muitas razões para os europeus se sentirem pessimistas com o presente – da crise de migração que se estende da Grécia à Alemanha à possibilidade de o Reino Unido (uma das economias que crescem mais rapidamente na Europa) deixar a União Europeia – muitos, em vez disso, parecem ficar cada vez mais felizes.
A maioria dos europeus está, em média, em seu momento mais feliz desde a crise finaceira. Em 2008, 76% dos cidadãos eurepeus disseram que estavam satisfeitos com suas vidas. Aquele número é agora 80%, de acordo com o inquérito Eurobarômetro, que vem medindo auto-relatos de felicidade por quase quatro décadas.Aqueles dos países nórdicos, como Dinamarca e Suécia, são de forma consistente os mais felizes. Mas alguns países contrariaram a tendência.De acordo com Ruut Veenhoven, um professor da Universidade Erasmo em Roterdã que tem analisado dados sobre a felicidade há décadas, os gregos e os portugueses se tornaram mais pessimistas nas últimas trés décadas (embora eles tenham começado a animar-se nos últimos anos). De acordo com o Eurostat, o escritório de estatíst icas da Uninão Europeia, a única métrica consistente relacionada com a felicidade dos europeus é a renda relativa. Avançando-se um passo na escala de rendimento a felicidade aumenta em todos os países da UE; a diferença na felicidade entre o quintil inferior e o segundo quintil é a maior. Homens europeus tendem a ser ligeiramente mais felizes do que as mulheres, embora não na Inglaterra ou na Dinamarca. Aqueles que vão à universidade tendem a ser mais felizes (sem contar os rendimentos).
Algumas diferenças, porém, também aparecem. Os europeus são geralmente mais felizes quando são mais jovens. Contudo, os países mais ricos vem um pico de alegria na velhice: os alemães são mais felizes quando eles estão com mais de 75 anos do que quando eles estão entre os 25 e os 34 anos, e os suiços são mais felizes quando tem mais de 75 anos do que quando são adolescentes. (britânicos, suecos e dinamarqueses são mais felizes quando eles estão entre 65 e 74 anos). Os portugueses parecem the a pior crise da meia idade, enquanto os gregos, búlgaros, romenos e eslovenos tornam-se mais felizes conforme ficam mais velhos.
Onde e como os europeus vivem também determina sua felicidade. Em todos os países, as pessoas são menos felizes se vivem sozinhas. Da mesma forma, em muitos países aqueles com filhos tendem a ser mais felizes, com exceção do Reino Unido, Dinamarca, Irlanda e Suiça, onde as pessoas tendem a ser mais felizes sem filhos. De forma geral, os europeus tendem a ser mais contentes quando vivem em cidades menores ou bairros mais afastados e não em metrópoles ou zonas rurais. Os europeus do norte tendem a ser mais alegres quanto mais longe estiverem das cidades (e em consequência, das outras pessoas). Na maior parte do sul e do leste europeu, ocorre o oposto.
O que faz os moradores das cidades mais felizes varia de um lugar para o outro. De acordo com os dados mais recentes do Eurobarômetro, a maioria dos habitantes das cidades se tornou ligeiramente mais feliz (veja no mapa). A maior correlação com a satisfação de vida nas cidades grandes é a sensação de segurança. Mas em Estocolmo, Amsterdã e Viena aqueles que pensam que os estrangeiros são bem integrados tendem a ser mais felizes. Os parisienses e berlinenses que dão uma importância maior à limpeza de suas cidades são os mais felizes. Em Reykjavik, curiosamente, o sinal indicador de felicidade é a satisfação com o sistema de transporte público.
Os locais mais felizes aparentam ter boa governança. Isto dá uma lição aos políticos: reduzir as taxas de desemprego e aumentar os salários irá, sem dúvida alguma, aumentar a felicidade. Mas ruas limpas são importantes também.
English to Portuguese: Understanding Rio’s Violence: The Criminalization of Poverty
Source text - English Understanding Rio’s Violence: The Criminalization of Poverty
The criminalization of poverty is a global phenomenon of mistreatment and prejudice faced by the poorest members of society due to their economic circumstances, often influenced by and perpetuating racism and other forms of discrimination. It can manifest itself in various forms, with common examples including excessive fines for petty offenses, laws and policies aimed at “cleansing the streets” of homeless people, arbitrary surveillance, unlawful arrests and, in its most sinister form, physical violence or murder. This article aims to outline the many forms in which low-income Brazilians have been, and continue to be, subjected to unjust treatment by the government, legal and penal systems, police, and mainstream media.
Historical background
In Brazil, the marginalization and criminalization of the poor has a foundation that dates back to the origins of the country itself. In its early history, the country’s economy heavily utilized slave labor, importing more slaves than any other country in the world—roughly ten times more than the United States. A small population of landowners—often lighter-skinned—amassed and consolidated large amounts of power and territory, creating a systematically entrenched gap between those who controlled the land and means of production and those who did not.
When the Portuguese court arrived in Brazil in 1808, enslaved people made up more than half of Rio’s population; concerns about rebellion against the minority elite led the Prince Regent Dom João to create the Military Division of the Royal Police Guard. RioOnWatch contributor Patrick Ashcroft writes that “essentially the Guard’s mandate was to subjugate and repress, protecting the dominant elite and quashing any potential uprising.” The very origins of today’s Military Police, then, were to uphold a social hierarchy and control the masses on the assumption that the poor were potential criminals, or at least threats to the status quo.
When Brazil finally outlawed slavery in 1888, meager efforts to integrate former slaves immediately thrust them into a position of disadvantage and poverty. Freed slaves and an influx of migrants from other parts of the country built homes where they could, in an absence of government-planned affordable housing, leading to the emergence of the city’s first favelas. As the nation modernized in the 20th century, a mix of government policies ranging from neglect to repression maintained the poor as a largely marginalized, excluded population.
This divergence between strata of Brazilian society expressed itself in public opinion towards the poor. Writings produced by “architects, social workers, and doctors that entered favelas in the early 1900s” described these communities as “backwards, unsanitary and oversexualized.”
Government discourse was no more nuanced. An 1888 National Congress speech referred to the “poor and vicious classes” and argued that “even when vice is not accompanied by crime,” poverty itself “constitutes a rightful reason of terror for the society.” Terror and disgust in discourse justifies policies in which poor people need to be relocated, policed and controlled, or even eliminated. This logic is evident from this statement from government documents dating to 1930:
“It is favelas, one of the diseases of Rio de Janeiro, in which it will be necessary, soon, to pass the burning iron. Their leprosy dirties the neighborhood of the beaches and the areas most graciously decorated by nature. Their destruction is important not only from the point of view of social order and security, but also from the point of view of general hygiene of the city, with no mention of aesthetics.”
Today, these same notions that poor communities are “dirty” places in an otherwise beautiful city, or that they are the source of security problems, is expressed in both the recent return to evictions policies and the continuation of militarized favela policing programs.
In recent decades, the growth of gang activity in favelas to supply domestic and international demands for drugs led to a societal linking of favelas with drugs and urban violence, even though academic estimates suggest less than 1% of favela residents are involved in drug trafficking. Instead of seeing violence in favelas as a result of systemic inequality, some people consider violence to be an inherent feature of the favelas themselves. Accordingly, favela residents earned reputations for being violent and dangerous, rather than victims of significant historical neglect by the state. Government policy in pursuing a “war on drugs” has been molded by these prejudices, for decades sustaining a reality in which the main presence of the state in favelas was through the Military Police.
Although the Constitution of 1988 promised reforms and benefits for poorer members of Brazilian society, the harsh policing of the military era continued with the pretext of combating gang activity. The “war on drugs” particularly threatens poor, black residents of favelas. Residents, no matter their involvement, remain at risk of being threatened, hurt, or killed, because of their presence in these territories. Many favela residents and observers argue police remain the main representative of the state even in favelas with Pacifying Police Units (UPPs), despite the program’s stated original intention to bring other services alongside security.
Criminalization of poverty today
Today, it seems that while wealthy, light-skinned Brazilians can be publicly drunk or rowdy, black and poor youth risk their lives by doing much less. On multiple occasions in recent summer months, poor, majority black youths who had not committed any crimes and were not carrying drugs or guns were detained on buses to the touristic South Zone of Rio as potential criminals. This effort, in theory aiming to reduce crime near the beaches of Copacabana and Ipanema, has been condemned as illegal by judge Pedro Henrique Alves of the First Court of Childhood, Adolescence and Old Age, yet the practice of viewing low-income youth as guilty until proven innocent endures. The assumption of criminality also has an impact in job searches; employers are well known to look unfavorably on candidates with addresses in favelas. Such prejudice, of course, makes it harder for favela residents to find formal employment and further perpetuates stigmas and promotes crime.
Often excluded from public spaces frequented by the wealthy, some low-income youth have taken to social media to organize large gatherings in shopping malls dominated by the rich. These peaceful gatherings, which became popular in 2013 and 2014, are known as rolezinhos. Despite their non-violent nature, rolezinhos are often treated as a disruptive form of protest and have been prohibited in both the cities of São Paulo and Rio de Janeiro. On a Sunday in January 2014, the upmarket Shopping Leblon mall closed its doors in anticipation of a rolezinho planned to take place there on that day. After this incident, judge Isabella Peçanha Chagas mandated a R$10,000 fine for each participant in the rolezinho.
But banning rolezinhos is just a small part of the greater war on the poor. Human Rights Watch reports “police in the state of Rio de Janeiro have killed more than 8,000 people in the past decade, including at least 645 people in 2015. One fifth of all homicides in the city of Rio last year were police killings. Three quarters of those killed by police were black men.” A shockingly small number of officers responsible for these killings were prosecuted and among those who were, almost none ended up serving time, even in the worst of cases. For example, in the case of the Candelária massacre in 1993, in which nine suspects opened fire on homeless children sleeping on the steps of the historic Candelária church in Centro, killing eight of them and injuring dozens more, three officers were convicted and given lengthy sentences; however, none of them actually served their sentence. This atrocity is thought to have been motivated by a larger and enduring attempt to “clean the streets” of Rio, efforts that have re-emerged prior to hosting the World Cup and the Olympics.
Rafael Braga—a homeless black man arrested during Brazil’s 2013 mass protests—has become a symbol of the current struggle against the criminalization of poverty. The only person to be convicted for a crime during these protests, the largest of which had over 300,000 participants, he was sentenced for carrying liquid detergent on the basis that it was an “explosive or incendiary device, without authorization or in breach of legal or regulatory determination.” Social media responses and ongoing activism events demanding Braga’s freedom emphasize this case highlights the inextricable links with racism and the criminalization of poverty.
Contradictions in the law
The Brazilian Federal Constitution of 1988 offers protection for discrimination against poverty in Article 3, which calls for a more free, just, and solidarity-filled society (ch. I), the eradication of poverty and marginalization along with a reduction of social inequalities (ch. III), and the promotion of everyone’s well-being, with no prejudice as to origin, age, sex, color, age, or other forms of discrimination (ch. IV).
However, Brazilian legislation also contains some components which reinforce discrimination. Legislation regarding drug use and drug offenses states that location of drug use, as well as social and personal circumstances of the accused, will determine whether or not the drug was intended for personal use (Law n˚11.343, ch. III, art. 28, p. 2). This same law also states that the sentence will be determined according to the “personality and social conduct of the agent” (ch.II of Crimes, art. 42), a factor that can be largely subjective.
Fortunately, this same law also requires the engagement of services and organizations that serve to prevent drug use and promote social inclusion and improvement of quality of life (Title III, ch. I, art. 19, VIII and IX). However these measures are notoriously not effectively carried out in disadvantaged communities, where drug use is more severely punished.
The Federal Constitution of 1988 provides for freedom of cultural expression, “the expression of intellectual, artistic, scientific and communications activities is free, without any censorship or license” (Title II, ch. I, art. 5, IX). However, Brazil contradicted its own constitution once again when it implemented a Parliamentary Commission of Inquiry (CPI) into the culture of funk in favelas in 1995. Created with the purpose of investigating funk in relation to drug trafficking, it ended in a project of laws that required all future funk parties be authorized and chaperoned by police from start to finish, while pacification brought further restrictions to baile funk parties.
Prison as an incubator of violence
Brazil’s penitentiary system is another institution fundamental to perpetuating a cycle of poverty and violence that ensnares many young lives. The nation has the fourth largest prison population in the world and of those jailed, 40% have never stood trial, 59% are between the ages of 18 and 29 and roughly 66% are black. 93% of the prison population does not have a high school diploma and around 45% do not have schooling past elementary level. In juvenile detention centers, the educational statistics are even more alarming. These numbers reveal a system that is crippling in its effects on restricting upward mobility between social classes.
Entire families often feel the burden of a single member being imprisoned, with or without cause, because affordable and quality legal aid is difficult to come by in most states and nearly impossible in others. To mount a defense, families are sometimes forced to give up their homes or other basic necessities. Regardless of whether the original individual arrested is guilty of a crime or guilty of nothing more than being poor, black, indigenous or some other label that made him or her a “suspect,” without the money to mount a proper defense, relatives may turn to actual criminal activity in an effort to financially support the jailed accused.
Rather than serve to reform and reintegrate criminals into society, Brazilian prisons are characterized by high levels of overcrowding, insufficient health care, a lack of educational or work opportunities and constant exposure to violence. It is no surprise then that Brazil’s largest drug gangs formed within the prison system and maintain strong influence in prison systems today.
The complicity of the mainstream media
By overwhelmingly representing favelas as dangerous and violent urban spaces and by selectively representing victims and perpetrators of crimes through a racialized lens, mainstream media is tacitly complicit in criminalizing poverty.
Civil society organizations, social movements, and activists have made great strides towards democratizing media in Brazil by harnessing social media and other alternative communication channels. However, a de facto media oligopoly with strongly vested political and economic interests persists. The image of favelas painted by these mainstream media outlets can be characterized as generally negative and stigmatizing.
In an analysis of 640 articles over six months in 2011 from three major Brazilian mass media outlets (O Globo, Extra, and Meia-Hora), Observatório de Favelas (Favelas Observatory) found that “in all six months, ‘violence, crime and drugs’ were the predominant themes in the construction of journalistic narratives about these territories, which corresponds to over 70% of the topics” covered during this period on favelas.
International outlets tend to echo some of the biases and negative perceptions of favelas apparent in Brazilian mass media. In Catalytic Communities’ 2009-2014 Favelas in the Media report, the following trend emerged across six major English-language media groups:
“Clearly negative articles significantly outweigh clearly positive ones in every year, and the most common attributes are consistently negative, across all six outlets: favelas are portrayed as ‘sites of violence’ and ‘sites of drug/gang activity’ while residents are portrayed as ‘financially poor.’ These patterns reinforce the misconception that the only newsworthy topics about favelas are negative.”
Moreover, in examining representations of favelas over the past 30 to 35 years, the Observatório de Favelas study concluded that Brazilian mainstream media works to “establish direct associations between these territories and the phenomenon of violence in the large centers… such that society naturalizes violence against residents of favelas, blaming residents themselves when they are victims—not the authors—of violence.”
Often lacking solid evidence, black youth from favelas suspected of crimes are typically characterized by mainstream media as “drug traffickers,” “criminals,” and “thieves.” On the other hand, a racial double standard is applied: white suspects are frequently described as “middle class youths,” “teenagers,” “students” or “young residents” of the South Zone who made a “wrong choice,” “took justice into their own hands” or “challenged the law.”
Violence is simultaneously sensationalized—blurring the lines between fiction and reality—and normalized, creating the illusion that favelas are inherently dangerous urban spaces inhabited by criminally-prone individuals. In depicting violence as a “spectacle” but also as a normal aspect of life in favelas, these media representations ignore systemic and structural conditions underlying violence and criminality not just in favelas—but in the city as a whole and within society at large.
Need for reform
The criminalization of poverty remains deeply rooted in the fabric of society in Rio de Janeiro. As the city’s most marginalized residents seek to break the cycle of poverty, their opportunities to overcome it are fundamentally threatened by their association to criminality in the eyes of the government, police force, wealthy media interests, and many upper or middle-class Brazilians. Reform of discriminatory laws, militarized police practices and the unjust penal system are all necessary to combat this cycle, but they must also be accompanied by sustained and effective policies to reduce structural inequality through education, health care and economic opportunity.
Translation - Portuguese Para Compreender a Violência do Rio: A Criminalização da Pobreza
A criminalização da pobreza é um fenômeno global de maus tratos e preconceito que os membros mais pobres da sociedade enfrentam, devido às suas circunstâncias econômicas, que, frequentemente, são tanto influenciadas pelo racismo e outras formas de discriminação, quanto os perpetuam. Ela pode se manifestar em várias formas, cujos exemplos mais comuns incluem penalizações excessivas para delitos leves, leis e políticas que visam à higienização das ruas, abordagens arbitrárias, prisões injustas e, em sua forma mais grave, violência física ou assassinato. Este artigo tem o objetivo de destacar as várias formas pelas quais os brasileiros de baixa renda têm sido e continuam a ser sujeitos a um tratamento injusto do governo, dos sistemas legal e penal, da polícia e da grande mídia.
Contexto Histórico
No Brasil, a marginalização e a criminalização dos pobres tem raízes que remontam às origens do próprio país. No começo de sua história, a economia do país utilizou excessivamente o trabalho escravo, tendo importado mais escravos do que qualquer outro país no mundo – praticamente dez vezes mais do que os Estados Unidos. Uma pequena população de proprietários de terras – com frequência de pele mais clara – acumulou e consolidou grandes quantidades de poder e território, criando uma lacuna sistematicamente enraizada entre aqueles que controlavam as terras e os meios de produção e aqueles que não as controlavam.
Quando a corte portuguesa chegou ao Brasil em 1808, as pessoas escravizadas eram mais do que a metade da população do Rio; preocupações com possíveis rebeliões contra a elite minoritária levaram o Príncipe Regente Dom João a criar a Divisão Militar da Guarda Real de Polícia. O colaborador da RioOnWatch, Patrick Ashcroft escreve que, “essencialmente, a função da Guarda era subjugar e repremir, protegendo a elite dominante e anulando qualquer revolta potencial. “ As próprias funções originais da atual Polícia Militar eram, então, manter a hierarquia social e controlar as massas, supondo que os pobres eram criminosos em potencial, ou, pelo menos, ameaças ao status quo.
Quando o Brasil finalmente proibiu a escravidão em 1888, a escassez de esforços para integrar os ex-escravos imediatamente colocou-nos em uma posição de desvantagem e pobreza. Os escravos libertos e um influxo de migrantes de outras partes do país construíram casas onde podiam, na ausência de moradias acessíveis planejadas pelo governo, o que levou ao surgimento das primeiras favelas da cidade. Conforme a nação se modernizava no século 20, uma mistura de políticas governamentais que variavam de negligência à repressão, manteve os pobres como uma população amplamente marginalizada e excluída.
Esta divergência entre os estratos da sociedade brasileiras se expressa na opinião pública a respeito da pobreza. Trabalhos produzidos por “arquitetos, assistentes sociais e médicos que foram nas favelas no começo dos anos 1990” descrevem essas comunidades como “atrasadas, insalubres e hipersexualizadas.”.
O discurso do governo não era mais sutil. Um discurso no Congresso Nacional em 1888 referia-se às “classes pobres e viciosas” e argumentava que “mesmo quando o vício não é acompanhado pelo crime,” a pobreza por si só “constitui-se em uma razão legítima de terror para a sociedade.”. O terror e a aversão no discurso justificam políticas nas quais as pessoas pobres precisam ser realojadas, policiadas e controladas, ou até mesmo eliminadas. Esta lógica é evidente através desta declaração encontrada em documentos do governo que datam de década de 1930:
“As favelas são uma das doenças do Rio de Janeiro, nas quais será necessário, em breve, garantir a sua erradicação. Seus leprosos sujam o bairro das praias e as áreas mais graciosamente decoradas pela natureza. A destruição delas é importante não só pelo ponto de vista da ordem social e segurança, mas também pelo ponto de vista da higiene geral da cidade, sem mencionar a estética.
Hoje, essas mesmas ideias de que as comunidades pobres são locais “sujos” em uma cidade outrora linda, ou de que elas são uma fonte de problemas de segurança, se expressam tanto no recente retorno às políticas de desocupação quanto na continuação dos programas de policiamento militar das favelas.
Nas décadas recentes, o crescimento da atividade das facções nas favelas para suprir as demandas doméstica e internacional por drogas levou a uma associação das favelas com drogas e violência urbana por parte da sociedade, mesmo que estimativas acadêmicas sugiram que menos de 1% dos moradores das favelas estão envolvidos com o tráfico de drogas. Ao invés de ver a violência nas favelas como um resultado de uma desigualdade sistêmica, algumas pessoas consideram a violência como uma característica inerente às próprias favelas. Assim, os moradores das favelas ganharam uma reputação de violentos e perigosos, em vez de vítimas de uma negligência histórica por parte do Estado. A política governamental em busca de uma “guerra às drogas” foi moldada por esses preconceitos, por décadas sustentando uma realidade na qual a principal presença do Estado nas favelas era através da Polícia Militar.
Embora a Constituição de 1988 prometesse reformas e benefícios para os membros mais desfavorecidos da sociedade brasileira, o policiamento agressivo da era militar continuou, com o pretexto de combater as atividades das facções. A “guerra às drogas” ameaça particularmente os negros pobres moradores das favelas. Os moradores, não importa se estão envolvidos ou não, permanecem sob o risco de serem ameaçados, machucados, ou mortos, por causa da presença deles nestes locais. Muitos moradores das favelas e observadores concordam que a policia segue como a representação principal do Estado mesmo nas favelas com Unidades de Polícia Pacificadora (UPPs), a despeito de a intenção original do programa de trazer outros serviços junto à segurança.
A Criminalização da pobreza hoje
Hoje, parece que enquanto os brasileiros abastados de pele branca podem ficar bêbados e fazer bagunça em público, jovens negros e pobres arriscam suas vidas ao fazer muito menos. Em várias ocasiões, nos meses recentes do verão, pobres, em sua maioria, jovens negros que não haviam cometido nenhum crime e não estavam portando drogas nem armas, foram detidos nos ônibus com destino à turística Zona Sul do Rio como criminosos em potencial. Este ato, que em teoria visava reduzir o crime próximo às praias de Copacabana e Ipanema, foi julgado ilegal pelo juiz Pedro Henrique Alves da 1ª Vara da Infância, Juventude e Idoso do Rio de Janeiro, embora a prática de tratar os jovens de baixa renda como culpados até que se prove o contrário continue. A presunção de criminalidade também tem um impacto na procura por empregos: sabe-se muito bem que os empregadores vêm os candidatos com endereço nas favelas de maneira desfavorável. Este preconceito, é claro, torna mais difícil para os moradores das favelas conseguirem um emprego formal e, além disso, perpetua estigmas e estimula o crime.
Frequentemente excluídos dos locais públicos frequentados pelos endinheirados, alguns jovens de baixa renda foram às redes sociais para organizar grandes concentrações em shoppings dominados pelos ricos. Estas reuniões pacíficas, que se tornaram populares em 2013 e 2014, são conhecidas como “rolêzinhos”. Apesar de sua natureza pacífica, os rolêzinhos são frequentemente tratados como uma forma perturbadora de protesto, e foram proibidos em São Paulo e no Rio de Janeiro. Em um domingo em janeiro de 2014, o sofisticado Shopping Leblon fechou as portas mais cedo em antecipação a um rolêzinho planejado para ocorrer ali naquele dia. Após este incidente, a juíza Isabella Peçanha Chagas estabeleceu uma multa de 10 mil reais para cada participante do rolêzinho.
Porém, banir os rolêzinhos é apenas uma pequena parte de uma guerra maior contra os pobres. A Human Rights Watch relata que “a polícia do estado do Rio de Janeiro matou mais de 8 mil pessoas na última década, incluindo pelo menos 645 pessoas em 2015. Um quinto de todos os homicídios na cidade do Rio no ano passado foram causados pela polícia. Três quartos daqueles mortos pela polícia eram homens negros. ” Um escandalosamente pequeno número dos oficiais responsáveis por esses assassinatos foi condenado e entre aqueles que foram, quase nenhum acabou cumprindo a pena toda, mesmo no pior dos casos. Por exemplo, no caso do massacre da Candelária em 1993, no qual nove suspeitos abriram fogo em crianças de rua que estavam dormindo nos degraus da histórica Igreja da Candelária, no Centro, matando oito delas e ferindo mais uma dúzia. Três oficiais foram condenados e pegaram sentenças longas; contudo, nenhum deles realmente cumpriu a sentença. Esta atrocidade parece ter sido motivada por uma tentativa maior e permanente de “limpar as ruas” do Rio, esforços que ressurgiram antes de a cidade receber a Copa do Mundo e as Olimpíadas.
Rafael Braga – um homem negro sem-teto preso durante os protestos em massa que ocorreram no Brasil em 2013 – tornou-se um símbolo da atual luta contra a criminalização da pobreza. A única pessoa a ser condenada por um crime durante aqueles protestos, o maior dos quais teve cerca de 300 mil participantes, ele foi condenado por carregar detergente líquido na mochila com a suposição de que era “um aparato explosivo ou incendiário, sem autorização ou uma violação de uma determinação legal ou reguladora. ” Reações nas redes sociais e contínuos atos de ativismo exigindo a liberdade de Braga mostram que este caso realça as inextricáveis conexões com o racismo e com a criminalização da pobreza.
Contradições na lei
A Constituição Federal Brasileira de 1988 oferece proteção para a discriminação contra a pobreza, no Artigo 3, que clama por uma sociedade mais livre, justa e repleta de solidariedade (parágrafo 1), pela erradicação da pobreza e da marginalização junto com a redução das desigualdade sociais (parágrafo 3) e pela promoção de bem-estar para todos, sem preconceitos quanto à origem, idade, sexo, cor ou outras formas de discriminação (parágrafo 4).
Contudo, a legislação brasileira também contém alguns componentes que reforçam a discriminação. A legislação para o uso de drogas e para os delitos relacionados às drogas estabelece que o local do uso de drogas, assim como as circunstâncias sociais e pessoais do acusado, irão determinar se a droga era ou não destinada para o uso pessoal (Lei nº 11.343). Esta mesma lei também estabelece que a sentença será determinada de acordo com “a personalidade e a conduta pessoal do agente (capítulo III do Código Penal, artigo 42) , um fator que pode ser extremamente subjetivo.
Felizmente, esta mesma lei também exige o engajamento de serviços e organizações que servem para prevenir o uso de drogas e promover a inclusão social e a melhoria da qualidade de vida. Todavia, estas medidas claramente não são empregadas efetivamente nas comunidades desfavorecidas, onde o uso de drogas é punido com maior rigor.
A Constituição Federal de 1988 estabelece que, para a liberdade de expressão cultural, “a expressão de atividades intelectuais, artísticas, científicas e comunicativas é livre, sem nenhuma censura ou necessidade de licença”. Porém, o Brasil contradisse a sua própria constituição mais uma vez quando implementou uma Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) sobre a cultura do funk nas favelas, em 1995. Criada com o propósito de investigar o funk em relação ao tráfico de drogas, ela resultou em um projeto de lei que requeria que todos os futuros bailes funk fossem autorizados e acompanhados pela polícia do começo ao fim, enquanto a pacificação trouxe maiores restrições aos bailes funk.
A prisão como uma incubadora da violência
O sistema penitenciário do Brasil é outra instituição fundamental na perpetuação do ciclo de pobreza e violência que suga muitas vidas jovens. O país tem a quarta maior população carcerária do mundo e, entre aqueles presos, 40% nunca tiveram um julgamento, 59% estão entre a faixa etária de 18 a 29 anos e aproximadamente 66% são negros. 93% da população carcerária não possui o diploma do Ensino Médio e cerca de 45% não tem escolaridade além do ensino elementar. Na Fundação Casa, um centro de detenção juvenil, as estatísticas de ensino são ainda mais alarmantes. Esses números revelam um sistema paralisante, pois impede a mobilidade ascendente entre as classes sociais.
Famílias inteiras carregam , com frequência, o fardo de um único membro encarcerado, com ou sem causa, porque é difícil de se conseguir uma ajuda legal acessível e de qualidade na maioria dos estados, e quase impossível em outros. Para preparar uma defesa, famílias são forçadas, às vezes, a desistir de suas casas ou de suas necessidades básicas. Independentemente de se o indivíduo originalmente preso é culpado de um crime ou culpado de nada além de ser pobre, negro, indígena ou algum outro rótulo que faz com que ele ou ela seja “suspeito”, sem o dinheiro para preparar uma defesa adequada, os familiares podem se tornar criminosos de verdade num esforço para apoiar financeiramente o acusado preso.
Ao invés de servir para recuperar e reintegrar os criminosos na sociedade, as prisões brasileiras são caracterizadas por altos níveis de superlotação, serviços de saúde insuficientes, uma falta de oportunidades de educação e emprego e uma exposição constante à violência. Não é de se surpreender, então, que as maiores gangues de traficantes de drogas do Brasil tenham se formado dentro do sistema prisional e mantenham uma forte influência nestes locais atualmente.
A cumplicidade da grande mídia
Ao representar as favelas em sua maioria como sendo espaços urbanos perigosos e violentos, e ao representar as vítimas e os criminosos de forma seletiva através de um ponto de vista com viés racista, a grande mídia tornou-se tacitamente cúmplice da criminalização da pobreza.
As organizações da sociedade civil, os movimentos sociais e os ativistas têm dado grandes passos em direção à democratização da mídia no Brasil ao aproveitar as mídias sociais e outros canais de comunicação alternativos. Porém, um grande oligopólio de mídias com interesses políticos e econômicos fortemente enraizados, persiste. A imagem das favelas retratada por esses conglomerados de mídia dominantes pode ser caracterizada como negativa e estigmatizante em geral.
Em uma análise de 640 artigos do período de 6 meses em 2011 de três grandes meios de comunicação de massa (O Globo, Extra e Meia-Hora), o Observatório das Favelas descobriu que, em todos os 6 meses, violência, crimes e drogas foram os temas predominantes na construção das narrativas jornalísticas sobre os territórios das favelas, o que corresponde a quase 70% dos assuntos cobertos durante esse período.
Meios de comunicação internacionais tendem a refletir alguns dos preconceitos e percepções negativas sobre as favelas que são aparentes na mídia de massas brasileira. No relatório “Favelas na Mídia 2009-2014” das Comunidades Catalisadoras, a seguinte tendência surgiu entre seis grandes grupos de mídia em língua inglesa:
“Artigos claramente negativos ultrapassam significativamente aqueles claramente positivos em cada ano, e os atributos mais comuns são consistentemente negativos em todos os seis grupos de mídia: as favelas são retratadas como ‘locais de violência’ e ‘locais com drogas ou atividades criminosas’ enquanto que os moradores são retratados como ‘financeiramente pobres’. Esses padrões reforçam a percepção errada de que os únicos assuntos que valem a pena ser noticiados sobre as favelas, são negativos.”.
Além disso, ao examinar representações das favelas nos últimos 30 a 35 anos, o estudo do Observatório das Favelas conclui que a grande mídia brasileira trabalha para “estabelecer associações diretas entre esses territórios e o fenômeno da violência em grandes centros urbanos... de tal forma que a sociedade vê a violência contra os moradores das favelas de forma natural, culpando os próprios moradores quando eles são as vítimas – não os causadores – da violência.”.
Com frequência, mesmo faltando evidências sólidas, jovens negros das favelas suspeitos de crimes são normalmente caracterizados pela grande mídia como “traficantes de drogas”, “criminosos” e “ladrões”. Por outro lado, é aplicada uma moral racial com dois pesos e duas medidas: suspeitos brancos são frequentemente descritos como “jovens de classe média”, “adolescentes”, “estudantes” ou “jovens moradores” da Zona Sul que fizeram “uma escolha errada”, “fizeram justiça pelas próprias mãos” ou “desafiaram a lei.”.
A violência é, ao mesmo tempo, tratada de modo sensacionalista - tornando tênues as linhas entre a ficção e a realidade – e de forma corriqueira, criando a ilusão de que as favelas são espaços urbanos inerentemente perigosos, habitados por indivíduos propensos a cometer crimes. Ao tratar a violência como um “espetáculo” mas também como um aspecto normal da vida nas favelas, essas representações da mídia ignoram as condições sistêmicas e estruturais subjacentes à violência e à criminalidade não apenas nas favelas – mas na cidade como um todo e dentro da sociedade em geral.
Necessidade de reformas
A criminalização da pobreza permanece profundamente arraigada na estrutura da sociedade no Rio de Janeiro. Ao passo que os moradores mais marginalizados da cidade buscam quebrar o ciclo de pobreza, as oportunidades que eles têm de superá-lo são estruturamente ameaçadas pela associação deles com a criminalidade aos olhos do governo, da polícia, dos interesses da grande mídia, e de muitos brasileiros de classe média ou alta. A mudanças das leis discriminatórias, das práticas da polícia militar e do injusto sistema penal são todos necessários para combater este ciclo, mas estes também precisam ser acompanhados por políticas constantes e efetivas para reduzir a desigualdade estrutural através da educação, dos serviços de saúde e das oportunidades econômicas.
English to Portuguese: Finland to consider introducing universal basic income in 2017 Detailed field: Social Science, Sociology, Ethics, etc.
Source text - English Finland to consider introducing universal basic income in 2017
“It would encourage people who are afraid of losing their benefits to take short-term jobs”
Around 10,000 people in Finland could soon be receiving €550 each month if the government decides to implement a universal basic income pilot project.
A working group has advised the government to launch the tax-free wage, equivalent to unemployment and welfare benefits that cover food, personal hygiene and clothing, in 2017 for two years. The income would be unconditional and would not involve being means-tested for
benefits. It would replace part of Finland’s social security net.
The government will decide in May whether to go ahead with the scheme, as part of a wider effort to reduce national spending. Hanna Mantyla, the minister of social affairs and health, said the project was needed because the Finnish social security system faced “big challenges in the future” if it was not simplified. Professor Olli Kangas, the leader of the working group, said: “It would be secure income… It would encourage people who are afraid of losing their unemployment or other benefits [though working part-time] to take short-term jobs.”
The wage, according to Reuters, would be supplemented with earnings-related benefits when necessary. But those in the project who do earn a wage would pay the money back through increased income tax.
Universal basic income is also being considered in Switzerland, the Netherlands and France. In the UK, an Early Day Motion called on the government to commission research into a universal basic income which would be paid unconditionally to all citizens.
The motion states “an unconditional, non-withdrawable income paid to everyone, has the potential to offer genuine social security to all while boosting entrepreneurialism and the creation of small businesses”.
Earlier this month, Ontario announced it would launch an experiment to test the advantages of basic income.
Translation - Portuguese A Finlândia considera introduzir a renda básica universal em 2017
“Isso iria incentivar as pessoas que têm medo de perder seus benefícios a aceitar empregos temporários.”
Cerca de 10.000 pessoa na Finlândia poderiam, em breve, receber 550 euros por mês se o governo decidir implementar um projeto piloto de renda básica universal.
Um grupo de trabalho aconselhou o governo a lançar a renda isento de impostos, equivalente aos benefícios de desemprego e assistência social que cobrem a alimentação, a higiene pessoal e vestuário, em 2017, por dois anos. A renda seria incondicionada e não envolveria meios de comprovação de renda em relação aos benefícios já existentes. Isso iria substituir parte da rede de segurança social da Finlândia.
O governo irá decidir em maio se irá adiante com o projeto, como parte de um esforço maior para reduzir os gastos nacionais. Hanna Mantyla, o Ministro dos Assuntos Sociais e da Saúde, disse que o projeto era necessário porque o sistema de previdência social finlandês enfrentaria “grandes desafios no futuro” se não fosse simplificado. O professor Olli Kangas, o líder do grupo de trabalho, disse: “Seria uma renda segura... iria encorajar as pessoas que tem medo de perder seu seguro-desemprego ou outros benefícios (embora trabalhem parte do tempo) a conseguir empregos de curta duração.”
A renda, de acordo com a Reuters, seria suplementada com benefícios relacionados aos ganhos, caso necessário. Mas aqueles no projeto que realmente ganham um salário iriam pagar o dinheiro de volta através do aumento do imposto de renda.
A renda básica universal também está sendo considerada na Suíça, na Holanda e na França. No Reino Unido, uma moção chamou o governo para uma comissão de pesquisa sobre a renda básica universal, que seria paga de forma incondicionada a todos os cidadãos.
A moção estabelece “uma renda incondicionada, irrestrita, paga a todos, tem o potencial de oferecer uma genuína segurança social a todos, enquanto aumentaria o empreendedorismo e a criação de pequenas empresas”.
No início de Abril, Ontario anunciou que iria lançar um experimento para testar as vantagens da renda básica.
English to Portuguese: Origins and Evolution of Antibiotic Resistance General field: Medical Detailed field: Medical: Pharmaceuticals
Source text - English Origins and Evolution of Antibiotic Resistance
Julian Davies* and Dorothy Davies
ABSTRACT
Summary: Antibiotics have always been considered one of the wonder discoveries of the 20th century. This is true, but the real wonder is the rise of antibiotic resistance in hospitals, communities, and the environment concomitant with their use. The extraordinary genetic capacities of microbes have benefitted from man's overuse of antibiotics to exploit every source of resistance genes and every means of horizontal gene transmission to develop multiple mechanisms of resistance for each and every antibiotic introduced into practice clinically, agriculturally, or otherwise. This review presents the salient aspects of antibiotic resistance development over the past half-century, with the oft-restated conclusion that it is time to act. To achieve complete restitution of therapeutic applications of antibiotics, there is a need for more information on the role of environmental microbiomes in the rise of antibiotic resistance. In particular, creative approaches to the discovery of novel antibiotics and their expedited and controlled introduction to therapy are obligatory.
INTRODUCTION
The successful use of any therapeutic agent is compromised by the potential development of tolerance or resistance to that compound from the time it is first employed. This is true for agents used in the treatment of bacterial, fungal, parasitic, and viral infections and for treatment of chronic diseases such as cancer and diabetes; it applies to ailments caused or suffered by any living organisms, including humans, animals, fish, plants, insects, etc. A wide range of biochemical and physiological mechanisms may be responsible for resistance. In the specific case of antimicrobial agents, the complexity of the processes that contribute to emergence and dissemination of resistance cannot be overemphasized, and the lack of basic knowledge on these topics is one of the primary reasons that there has been so little significant achievement in the effective prevention and control of resistance development. Most international, national, and local agencies recognize this serious problem. Many resolutions and recommendations have been propounded, and numerous reports have been written, but to no avail: the development of antibiotic resistance is relentless.
The most striking examples, and probably the most costly in terms of morbidity and mortality, concern bacteria. The discovery of these infectious agents in the late 19th century stimulated the search for appropriate preventative and therapeutic regimens; however, successful treatment came only with the discovery and introduction of antibiotics half a century later. Antibiotics have revolutionized medicine in many respects, and countless lives have been saved; their discovery was a turning point in human history. Regrettably, the use of these wonder drugs has been accompanied by the rapid appearance of resistant strains. Medical pundits are now warning of a return to the preantibiotic era; a recent database lists the existence of more than 20,000 potential resistance genes (r genes) of nearly 400 different types, predicted in the main from available bacterial genome sequences (85). Fortunately, the number existing as functional resistance determinants in pathogens is much smaller.
Many excellent reviews describing the genetics and biochemistry of the origins, evolution, and mechanisms of antibiotic resistance have appeared over the last 60 years. Two of note in recent times are those of Levy and Marshall (82) and White et al. (149). The goal of this short article is not to summarize such a wealth of information but to review the situation as we see it now (most particularly with respect to the origins and evolution of resistance genes) and to provide some personal views on the future of antibiotic therapy of infectious diseases.
Antibiotic discovery, modes of action, and mechanisms of resistance have been productive research topics in academia (27) and, until recently, in the pharmaceutical industry. As natural products, they provide challenging intellectual exercises and surprises with respect to their chemical nature, biosynthetic pathways, evolution, and biochemical mode of action (26, 134). The total synthesis of such natural products in the laboratory is difficult, since these small molecules are often extremely complex in functionality and chirality (98). The antibiotic penicillin was discovered in 1928, but the complete structure of this relatively simple molecule was not revealed until 1949, by the X-ray crystallographic studies of Dorothy Crowfoot Hodgkin (73), and was confirmed by total synthesis in 1959 (125). Studies of modes of action have provided biochemical information on ligands and targets throughout antibiotic history (59, 147), and the use of antibiotics as “phenotypic mutants” has been a valuable approach in cell physiology studies (142). The field of chemical biology/genetics grew from studies of those interactions. We have a meager understanding of how antibiotics work, and in only a few instances can the intimate interactions of the small molecule and its macromolecular receptor be interpreted in terms of defined phenotypes. More surprisingly, there is a paucity of knowledge of the natural biological functions of antibiotics, and the evolutionary and ecological aspects of their chemical and biological reactions remain topics of considerable interest and value (3, 8).
To begin, the definition of “antibiotic,” as first proposed by Selman Waksman, the discoverer of streptomycin and a pioneer in screening of soils for the presence of biologicals, has been seriously overinterpreted; it is simply a description of a use, a laboratory effect, or an activity of a chemical compound (146). It does not define a class of compound or its natural function, only its application. At the risk of attack from purist colleagues, the generic term “antibiotic” is used here to denote any class of organic molecule that inhibits or kills microbes by specific interactions with bacterial targets, without any consideration of the source of the particular compound or class. Thus, purely synthetic therapeutics are considered antibiotics; after all, they interact with receptors and provoke specific cell responses and biochemical mechanisms of cross-resistance in pathogens. The fluoroquinolones (FQs), sulfonamides, and trimethoprim are good examples.
As in any field of biological study, antibiotic history is replete with misconceptions, misinterpretations, erroneous predictions, and other mistakes that have occasionally led to the truth. This account aspires to focus on the truth. The discovery of antibiotics is rightly considered one of the most significant health-related events of modern times, and not only for its impact on the treatment of infectious diseases. Studies with these compounds have often shown unexpected nonantibiotic effects that indicate a variety of other biological activities; the result has been a significant number of additional therapeutic applications of “antibiotics” as antiviral, antitumor, or anticancer agents. In some cases, the alternative applications have surpassed those of antibiotic activity in importance, such as in the treatment of cardiovascular disease or use as immunosuppressive agents (45).
Unfortunately, the colossal need for these valuable drugs has had a significant environmental downside. In the 60 years since their introduction, millions of metric tons of antibiotics have been produced and employed for a wide variety of purposes. Improvements in production have provided increasingly less expensive compounds that encourage nonprescription and off-label uses. The cost of the oldest and most frequently used antibiotics is (probably) mainly in the packaging. The planet is saturated with these toxic agents, which has of course contributed significantly to the selection of resistant strains. The development of generations of antibiotic-resistant microbes and their distribution in microbial populations throughout the biosphere are the results of many years of unremitting selection pressure from human applications of antibiotics, via underuse, overuse, and misuse. This is not a natural process, but a man-made situation superimposed on nature; there is perhaps no better example of the Darwinian notions of selection and survival.
Translation - Portuguese As Origens e a Evolução da Resistência aos Antibióticos
Julian Davies e Dorothy Davies
Resumo
Síntese: A descoberta dos antibióticos foi considerada como uma das maravilhas do século 20. Isto é verdade, mas o que é realmente surpreendente é a escalada da resistência aos antibióticos nos hospitais, nas comunidades e no ambiente concomitante ao seu uso. As extraordinárias capacidades genéticas dos micróbios se beneficiaram com o abuso dos antibióticos pelo ser humano. Os micróbios podem explorar cada fonte de genes de resistência e quaisquer meios de transmissão genética horizontal para desenvolver múltiplos mecanismos de resistência para cada um e para todos os antibióticos introduzidos na prática clínica, agrícola, entre outras. Esta resenha apresenta os aspectos mais salientes do desenvolvimento da resistência aos antibióticos nos últimos cinquenta anos, com a conclusão já reiterada de que é hora de agir. Para alcançar a completa restituição das aplicações terapêuticas dos antibióticos, há uma necessidade de mais informações sobre o papel dos microbiotas ambientais no aumento da resistência aos antibióticos. Especificamente, abordagens criativas na descoberta de novos antibióticos e sua introdução rápida e controlada nos tratamentos são imperativas.
Introdução
A utilização, com sucesso, de qualquer agente terapêutico é comprometida pelo potencial desenvolvimento de tolerância ou resistência a esse composto a partir do momento em que é aplicado pela primeira vez. Isso é verdade para os agentes terapêuticos utilizados no tratamento de infecções bacterianas, fúngicas, parasíticas e virais e para o tratamento de doenças crônicas tais como o câncer e a diabetes; também se aplica a doenças causadas por qualquer organismo vivo, incluindo os seres humanos, os animais, os peixes, a plantas, os insetos, etc. Uma variada gama de mecanismos bioquímicos e fisiológicos pode ser responsável por essa resistência. No caso específico dos agentes antimicrobianos, a complexidade dos processos que contribuem para o surgimento e a disseminação da resistência não pode ser subestimada, e a falta de conhecimento básico sobre esses assuntos é uma das razões principais pelas quais tem havido tão poucos avanços significativos na prevenção efetiva e no controle do desenvolvimento da resistência. Muitas agências de saúde internacionais, nacionais e locais reconhecem a seriedade do problema. Muitas resoluções e recomendações foram propostas, e vários relatórios foram escritos, mas de nada serviram: o desenvolvimento da resistência aos antibióticos é incessante.
Os exemplos mais surpreendentes, e provavelmente os mais custosos em termos de morbidade e mortalidade, envolvem as bactérias. A descoberta desses agentes infecciosos no final do século 19 estimulou a busca por regimes preventivos e terapêuticos apropriados; porém, um tratamento de sucesso veio apenas com a descoberta e a introdução dos antibióticos meio século depois. Os antibióticos revolucionaram a medicina em muitos aspectos, e inúmeras vidas foram salvas; sua descoberta foi um divisor de águas na história da humanidade. Lamentavelmente, o uso dessas drogas maravilhosas foi acompanhado pelo rápido surgimento de cepas resistentes. Os especialistas da área médica estão, agora, alertando para o retorno à era pré-antibiótica; um banco de dados recente lista a existência de mais de 20.000 genes com resistência em potencial (genes R ) de aproximadamente 400 tipos diferentes, previstos, no princípio, de sequências genéticas de bactérias disponíveis (85). Felizmente, o número existente de resistência funcional determinante em patógenos é muito menor.
Nos últimos 60 anos, surgiram muitas excelentes resenhas descrevendo a genética e a bioquímica das origens, da evolução e dos mecanismos da resistência aos antibióticos. Duas resenhas dignas de nota nos tempos recentes são aquelas de Levy e Marshall (82) e White et al (149). O objetivo deste pequeno texto não é resumir tal riqueza de informações, mas revisar a situação como a vemos agora (mais particularmente no que diz respeito às origens e à evolução da resistência genética) e fornecer algumas visões pessoais sobre o futuro da terapia antibiótica para as doenças infecciosas.
A descoberta dos antibióticos, as formas de ação e os mecanismos de resistência foram temas de investigação produtivos na academia e, até recentemente, na indústria farmacêutica. Como produtos naturais, eles fornecem exercícios de desafio intelectual e surpresas a respeito de sua natureza química, caminhos biossintéticos, evolução e o modo bioquímico de ação. A síntese total de tais produtos naturais em laboratórios e difícil, uma vez que estas pequenas moléculas são, com frequência, extremamente complexas quanto à sua funcionalidade e quiralidade. O antibiótico penicilina foi descoberto em 1928, mas a estrutura complexa desta molécula relativamente simples não foi revelada até 1949, através dos estudos com cristalografia de Raios-X de Dorothy Crowfoot Hodgkin, e foi confirmada pela síntese total em 1959. Estudos de modos de ação forneceram informações sobre os ligantes e alvos bioquímicos através da história dos antibióticos, e o uso de antibióticos como “mutantes fenótipos” foram uma abordagem valiosa para os estudos sobre a fisiologia das células. O campo da genética química/biológica cresceu com os estudos sobre essas interações. Nós temos uma compreensão escassa de como os antibióticos funcionam e apenas em algumas situações as interações íntimas da molécula pequena e seu receptor macromolecular podem ser interpretadas em termos de fenótipos definidos. Mais surpreendentemente, há uma escassez de conhecimento sobre as funções de natureza biológica dos antibióticos, e os aspectos evolutivos e ecológicos de suas reações químicas/biológicas continuam sendo tópicos que suscitam considerável interesse e valor.
Para começar, a definição de “antibiótico”, conforme foi proposta inicialmente por Selman Waksman, que descobriu a estreptomicina e foi o pioneiro no rastreamento de terrenos para a presença de elementos biológicos, foi discutida em excesso: trata-se simplesmente de uma descrição de um uso, de um efeito em laboratório, ou da atividade de um composto químico. Ela não define uma classe de compostos ou sua função natural, mas apenas suas aplicações. Correndo o risco de ataque pelos colegas puristas, o termo genérico “antibiótico” é usado aqui para definir qualquer classe de molécula orgânica que inibe ou mata os micróbios através de interações específicas com as bactérias-alvo, sem qualquer consideração quanto à origem deste particular composto ou classe. Desta maneira, terapêuticas puramente sintéticas são consideradas como antibióticos; afinal, elas interagem com os receptores e provocam respostas celulares e mecanismos bioquímicos específicos de resistência cruzada em patógenos. As fluoroquinolonas, as sulfonamidas e a trimetoprima são bons exemplos.
Como em qualquer campo de estudos biológicos, a história dos antibióticos está repleta de mal-entendidos, previsões errôneas, e outros enganos que ocasionalmente levaram à verdade. Esta descrição aspira focar na verdade. A descoberta dos antibióticos é certamente considerada como um dos mais significativos eventos relacionados à saúde dos tempos modernos, e não apenas pelo seu impacto no tratamento de doenças infecciosas. Estudos com estes compostos mostraram, com frequência, efeitos não-antibióticos inesperados que indicam uma outra variedade de atividades biológicas; o resultado foi um número significativo de aplicações terapêuticas adicionais dos “antibióticos” como agentes antivirais, antitumorais ou anticancerígenos. Em alguns casos, as aplicações alternativas superaram em importância aquelas da atividade antibiótica, tal como no tratamento de doenças cardiovasculares ou no uso como agentes imunossupressores.
Infelizmente, a necessidade colossal por essas drogas valiosas teve um significativo lado negativo ambiental. Nos 60 anos desde a sua introdução, milhões de toneladas métricas de antibióticos foram produzidas e empregadas em uma ampla variedade de propósitos. Melhorias na produção forneceram compostos cada vez mais baratos, que incentivaram a venda sem receita médica e usos não determinados nos rótulos.
O custo dos antibióticos mais antigos e utilizados com mais frequência está (provavelmente) na embalagem.
O planeta está saturado com esses agentes tóxicos, o que, com certeza, contribuiu significativamente para a seleção de cepas resistentes. O desenvolvimento de gerações de micróbios com resistência aos antibióticos e sua distribuição em populações microbianas através da biosfera são resultado de muitos anos de incessante pressão na seleção natural, pelas aplicações humanas dos antibióticos, através de sua subutilização, sobreutilização e uso indevido. Este não é um processo natural, mas uma situação feita pelo homem sobreposta à natureza; não há talvez exemplo melhor das teorias darwinianas de seleção natural e sobrevivência.
Portuguese to English: Os Licantropos General field: Art/Literary Detailed field: Poetry & Literature
Source text - Portuguese OS LICANTROPOS
Surgiram alguns licantropos na cidade, e a população corria deles. Não corria tanto
assim, pois os licantropos só apareciam noite alta. E sempre nas sextas-feiras. De
qualquer modo, notívagos eram surpreendidos pelos licantropos, e não sentiam o menor
prazer no encontro. O resto da população, tentando dormir em seus quartos,
simplesmente sentia medo.
O sábio professor Epaminondas Barzinsky debateu o assunto na Academia de
Ciências Sobrenaturais, advertindo que primeiro se devia apurar se se tratava de
licantropos propriamente ditos, ou de pessoas afetadas de licantropia. Propôs que se
nomeasse comissão para investigar este ponto. Se ficasse comprovado que os licantropos
eram da primeira espécie, levaria o estudo às últimas consequências.
Ninguém quis fazer parte da comissão, e o próprio Barzinsky pôs-se em campo, no
interesse da ciência. Uma semana depois, voltou à sede social, requerendo reunião
extraordinária para a meia-noite da próxima sexta-feira. Combinado. Ao entrarem na sala
à hora aprazada, seus colegas viram que um licantropo ocupava a tribuna de conferências.
Saíram apressadamente, e nunca mais a Academia se reuniu nem Barzinsky foi visto.
Translation - English The Lycanthropes – Carlos Drummond de Andrade
Some lycanthropes appeared in the town, and the people ran away from then. They didn’t ran that much tough, since the lycanthropes showed up only late at night, always on Fridays. Anyway, night-walkers were surprised by the lycanthropes and they found no pleasure in that meeting. The rest of the population, trying to sleep in their homes, was simply scared.
The wise professor Epaminondas Barzinsky debated that topic at the Academy of Supernatural Sciences, warning that first they should ascertain that it really was a case of lycanthropes themselves, or a case of people affected with lycanthropy. He proposed that a commission should be stablished to investigate this issue. If it was proved that the lycanthropes were from the first specie, he would lead the study to the last consequences.
Nobody wanted to take a part on that commission and Barzinsky himself went to investigate it, on the behalf of the science. One week later he came back to the main office, requiring an extraordinary meeting to the next Friday, at midnight. The meeting was scheduled. When the people got into the room, on the scheduled time, Mr. Barzinsky’s colleges saw that a lycanthrope was occupying the conference tribune. They ran away quickly and the Academy hasn’t meet anymore and Barzinsky was never seemed again.
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